Uma notícia pouco animadora em relação à quadra
chuvosa de 2017, no Nordeste, vem de Fortaleza (CE).
“Os meteorologistas afirmaram que a quadra
chuvosa de 2017 está indefinida”, destaca o articulador estadual da
organização não governamental Serviço de Apoio aos Projetos
Alternativos
Comunitários (Seapac), José Procópio de Lucena, também presidente do Comitê da
Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu (CBH-PPA), que participou de um
evento sobre “Clima e Seca – Análise dos fatores que modulam o clima”, ocorrido
dia 1º na capital cearense.
Segundo Procópio Lucena, os meteorologistas
afirmaram que “não o El Niño, mas o La Niña, que favorece a chuva no
Nordeste, é quem está perdendo força”.
A notícia tem destaque por intermédio da página
eletrônica do Seapac. A indefinição sobre a quadra chuvosa de 2017
vai permanecer até a segunda quinzena do próximo ano.
“Só teremos um prognóstico mais confiável da
quadra chuvosa 2017 na segunda quinzena de janeiro”, afirmaram os
meteorologistas. Na mesma ocasião, eles fizeram uma ressalva.
“Apenas 49% das chuvas no Nordeste são
justificadas pelo El Niño e a Lá Niña”, dizem.
Para Procópio Lucena, ficou claro que existem
divergências de modelo de previsão entre os meteorologistas e eles reconheceram
que há descrédito da população com relação aos prognósticos sobre chuva.
O que se tem certeza é que o quadro hídrico na
região Nordeste é gravíssimo. “Caso tenhamos pouca recarga em 2017, teremos
um caos em toda região. O CE, que possui a maior reserva d’água superficial,
hoje tem apenas 7,5% de sua capacidade total acumulada”, comenta Procópio
Lucena.
O açude de Castanhão, que
tem capacidade de acumular 6,7 bilhões de metros cúbicos d’água, está com
apenas 350 milhões, ou seja, 5,3 % da capacidade total. O Estado do RN tem
apenas 15,4% da capacidade total de água acumulada e a PB só tem 11%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário